STF: 1ª Turma confirma liminar de Fux para suspender PIS/Cofins de seguradoras

Compartilhe:

liminar de Fux

Seguradoras não precisarão recolher as contribuições até o julgamento de mérito do recurso extraordinário interposto.

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, por unanimidade, a liminar do ministro Luiz Fux suspendendo uma cobrança milionária de PIS e Cofins sobre as receitas financeiras das reservas técnicas das seguradoras que são parte no processo. As beneficiadas são a Mapfre Seguros Gerais S/A, a Companhia de Seguros Aliança do Brasil, a Aliança do Brasil Seguros S/A e a Mapfre Vida S/A. Com isso, as empresas não precisarão recolher as contribuições até o julgamento de mérito do recurso extraordinário interposto.

A suspensão monocrática da cobrança pelo relator ocorreu em 27 de junho. Desde então, em 6 de agosto, o STF reconheceu repercussão geral na discussão, no RE 1.479.774 (Tema 1309). A afetação do recurso extraordinário à sistemática da repercussão geral foi sugerida pelo próprio ministro Luiz Fux, que é relator também deste processo.

No julgamento desta semana, em nova manifestação favorável à liminar, Fux observou que o Plenário do STF reconheceu a repercussão geral de forma unânime. Para o julgador, isso é suficiente para satisfazer o requisito de probabilidade de direito das seguradoras na discussão. O magistrado pontuou ainda que haveria periculum in mora (perigo na demora) em caso de não suspensão da exigibilidade do PIS e da Cofins, por se tratar de execução de valores elevados em situação de “ainda duvidosa constitucionalidade”.

As empresas informaram que já realizaram depósitos judiciais no valor de R$ 25,2 milhões para assegurar os débitos cobrados no processo. Além disso, informaram que a Aliança do Brasil Seguros foi autuada em R$ 5,5 milhões para exigência de PIS e Cofins. A Mapfre Seguros Gerais foi autuada para cobrança de R$ 48,1 milhões, e a Brasil Veículos Companhia de Seguros foi autuada para exigência de R$ 20 milhões.

Inicialmente, Fux revogou a liminar concedida pela ministra aposentada Rosa Weber suspendendo a cobrança de PIS/Cofins. Na ocasião, o ministro afirmou que deixou de existir expectativa de decisão de mérito favorável às empresas que justificasse a liminar, uma vez que o STF decidiu, no Tema 372, que incide PIS/Cofins sobre as receitas de instituições financeiras. Depois, Fux voltou atrás na revogação, afirmando que, após novo exame, concluiu que as discussões são diferentes.

A reserva técnica é o investimento obrigatório que seguradoras e resseguradoras devem manter como garantia de que podem arcar com eventuais pagamentos aos segurados. Na prática, trata-se de aplicações que geram receita financeira.

Já no Tema 372, o STF fixou a tese: “As receitas brutas operacionais decorrentes da atividade empresarial típica das instituições financeiras integram a base de cálculo de PIS/Cofins cobrado em face daquelas ante a Lei nº 9.718/98, mesmo em sua redação original, ressalvadas as exclusões e deduções legalmente prescritas.”

Além de Fux, integram a 1ª Turma os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.

O caso foi julgado na PET 9.607.

Fonte: Jota Info

Sobre o Revizia

Fundada em 2016, o Revizia é uma empresa de software especializada em auditoria e compliance fiscal que atua por meio de uma plataforma SaaS baseada em machine learning. 

Sua operação tem por objetivo facilitar e dinamizar o trabalho dos profissionais do mercado tributário, contábil e fiscal. 

Para isso, ela oferece soluções voltadas à captura e armazenamento de documentos fiscais, além do cruzamento técnico de informações capazes de apontar inconsistências e oportunidades de recuperação tributária. 

Tudo isso, faz do Revizia o software de gestão fiscal, tributária e financeira mais completo do mercado, para automatizar a eficiência do seu negócio.

Junte-se a líderes de mercado como MondelezBTG PactualPetzHugo Boss e revolucione a gestão fiscal da sua empresa.

Compartilhe:

Blog

Postos de combustíveis têm mais de 7,5 bilhões em tributos a recuperar

Os cerca de 42 mil postos brasileiros têm a receber, ao menos, R$ 7,56 bilhões dos cofres públicos. De acordo com levantamento feito pelo sistema Revizia, levando-se em consideração apenas o ICMS relativo à Substituição Tributária (ICMS-ST), cerca de 390 postos analisados possuem mais de R$ 70 milhões a serem ressarcidos, referente aos seus últimos cinco anos de operação. Além disso, existem créditos sobre despesas administrativas e essenciais e relevantes para PIS/Cofins. O valor corresponde a R$ 180 mil por posto, mas dependendo do volume de vendas pode superar os R$ 300 mil.
Leia mais »
Blog

Manual de Orientação Tributária Auditoria SPED: Regularização de Créditos do PIS/Pasep e Cofins

A regularização de créditos do PIS/Pasep é uma medida adotada pela Receita Federal para auxiliar empresas na correção de inconsistências na Escrituração Fiscal Digital das Contribuições (EFD-Contribuições). Essas inconsistências podem ocorrer na apuração de créditos do PIS/Pasep e da Cofins, resultando em divergências que podem gerar multas significativas e processos fiscais onerosos.
Leia mais »
Blog

Reforma Tributária e ITCMD: oportunidades e ameaças no planejamento sucessório

Com a iminente reforma tributária, o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) está prestes a sofrer mudanças significativas, que podem impactar diretamente o planejamento tributário de muitas famílias. A necessidade de antecipar-se a esses novos cenários fiscais é imperativa, especialmente para aqueles que desejam preservar seu patrimônio e minimizar os custos envolvidos na transferência de bens.
Leia mais »
Julgamento do Tema 118
Blog

Julgamento do Tema 118: a urgência do mandado de segurança

A modulação de efeitos é um mecanismo utilizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para determinar o momento em que uma decisão judicial começará a produzir efeitos. Isso significa que o STF pode decidir que uma decisão terá efeitos retroativos (afetando fatos passados), prospectivos (afetando apenas fatos futuros) ou uma combinação de ambos. Essa prática visa garantir a segurança jurídica e a estabilidade das relações sociais e econômicas, evitando mudanças abruptas que possam prejudicar os envolvidos.
Leia mais »

Comece agora com Revizia

Entre em contato conosco e agende um diagnóstico