Reforma Tributária: fluxo de caixa pode ser um desafio

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Embora a simplificação do sistema tributário seja um dos principais benefícios da Reforma Tributária, a implementação escalonada das novas alíquotas e a amplitude das novas bases de cálculo, tornam a gestão tributária um desafio significativo para as empresas. A pergunta neste momento é: qual será o impacto em termos de fluxo de caixa e resultados financeiros? Conhecer os números é fundamental para repensar os negócios, rever a estrutura de capital estudar cenários futuros e a composição da estratégia exigida para a preparação do que virá logo a frente com toda a mudança.

Uma simulação realizada com o Módulo Reforma Tributária, da plataforma Revizia — ferramenta que combina tecnologia de ponta e inteligência tributária para auxiliar empresas na transição ao novo regime tributário brasileiro — revela que as empresas do setor varejista terão uma saída adicional de caixa para pagamento de impostos de até 453% e o custo desses impostos representa 7,5% do faturamento. Isso porque as empresas não poderão contar com a liberação imediata da utilização do crédito do PIS/Cofins. Segundo as regras determinadas pelo governo, essa liberação poderá acontecer em até três meses e, portanto, quem não provisionar recursos, pode ficar com o fluxo de caixa no vermelho.

Muito se fala sobre as novas alíquotas dos impostos, mas a reforma tributária traz outros efeitos adversos e um deles é justamente a modelagem de pagamento do IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O governo será o gestor dos créditos tributários. Mas não se sabe ainda como vai se dar essa compensação. O programa piloto da reforma, que será implementado em 500 empresas, vai avaliar somente a alíquota de nas operações geradoras de débito CBS e IBS”, explica Alessandra Heloise Vieira, vice-presidente tributária da Revizia.

A especialista chama a atenção para o risco de endividamento das empresas, caso não reestruturem seu fluxo de caixa. “As empresas terão de reprogramar seu fluxo, para fundear o pagamento imediato dos tributos”, alerta.

Impactos no fluxo de caixa e faturamento

Para calcular os impactos no fluxo de caixa e faturamento, a Revizia realizou simulações com base no perfil de clientes da plataforma e em estatísticas pautadas no comportamento das empresas do mercado. A análise avaliou o valor do débito dos tributos com as novas alíquotas, sem a oportunidade de utilização dos créditos tributários.

De acordo com o levantamento, nas empresas de regime misto do PIS/COFINS (cumulativo e não-cumulativo), o maior impacto será na indústria de transformação, que terá um gasto extra de 218% para pagamento de impostos, o que representa 6,83% do seu faturamento. Já nas empresas de regime não cumulativo, o setor varejista é o mais impactado, conforme as tabelas abaixo:

Tecnologia como aliada

Compreender o impacto no fluxo de caixa é fundamental para as empresas se prepararem para a reforma tributária. A Revizia, plataforma usada para esse levantamento, vai além de uma simples calculadora. De acordo com o CEO da empresa, Vitor Alves, “a solução permite às organizações visualizar projeções detalhadas, comparar diferentes cenários e planejar a transição com maior segurança, reduzindo riscos fiscais ao longo do período de implementação da reforma”.

O executivo explica que o simulador permite projetar cenários a partir de três abordagens: pela Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), pelas Operações Fiscais (CFOP) ou por meio da Simulação Livre – método utilizado na projeção destacada pelo levantamento. Na análise via DRE, a ferramenta calcula a alíquota efetiva com base nos dados financeiros e nas tributações vigentes. Já na simulação por CFOP, o usuário pode selecionar valores de entrada e saída, aplicar reduções percentuais e considerar os critérios definidos pelos anexos da reforma.

“Com esses três métodos, é possível analisar os impactos das novas regras em empresas de diversos setores, comparando as tributações atuais com as projeções da Reforma”, explica Alves. “É uma ferramenta prática e intuitiva, ideal para quem busca clareza e planejamento diante das mudanças fiscais”.

Além de projetar cenários futuros, a plataforma da Revizia também tem contribuído para identificar oportunidades no passado tributário das empresas. Por meio do Revizia, a companhia já identificou mais de R$ 3,8 bilhões para seus clientes em tributos pagos indevidamente. Os principais tributos passíveis de recuperação incluem ICMS e PIS/COFINS. A identificação dessas oportunidades foi possível por meio do cruzamento de informações técnicas, que permitiu apontar inconsistências e mapear créditos tributários tanto na esfera judicial quanto administrativa.

“A possibilidade de fazer projeções permite análises com maior segurança neste momento de incertezas que o texto da Reforma Tributária ainda proporciona às empresas. É natural que as empresas fiquem temerárias uma vez que as mudanças podem afetar diretamente os seus custos operacionais, bem como sua capacidade de planejar e prever suas finanças. Essa incerteza pode dificultar a tomada de decisões estratégicas, como investimentos e expansões”, afirma Alessandra.

A Revizia surgiu como uma ferramenta voltada ao compliance, com foco em simplificar a gestão fiscal e financeira das empresas em meio à complexidade do sistema tributário brasileiro. Com a chegada da Reforma Tributária, a solução evoluiu para oferecer suporte estratégico às organizações na adaptação às novas regras, contribuindo para a mitigação de riscos e a identificação de oportunidades envolvendo tributos como PIS, COFINS, ICMS, entre outros.

Segundo Vitor, a solução vai além de uma Calculadora ou de um diagnóstico inicial. “Ela monitora, em tempo real, as movimentações da empresa e acompanha as mudanças na legislação, garantindo um processo contínuo de análise e planejamento tributário — tudo com total autonomia para as empresas tomarem decisões mais estratégicas”, explica.

Além disso, o Módulo Reforma Tributária da Revizia disponibiliza um arsenal informativo detalhado que esclarece prazos e mudanças ao longo do período de transição para o novo regime.

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Fonte: Novo Varejo.

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