PL 108: os impactos da nova tributação e por que agir agora

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A Reforma Tributária brasileira avança a passos largos, e um dos principais marcos desse processo é o Projeto de Lei Complementar 108/2024 (PL 108). Muito mais do que uma norma técnica, o PL 108 é o instrumento que coloca em prática a Emenda Constitucional 132/2023, trazendo regras claras para a transição e o funcionamento do novo sistema tributário — baseado na CBS (tributo federal) e no IBS (tributo estadual e municipal). 

Entre os pontos centrais do projeto estão o modelo de cobrança em formato de IVA dual, o detalhamento de regimes diferenciados por setor e, mais recentemente, a criação do Comitê Gestor do IBS, órgão que coordenará a arrecadação, fiscalização e distribuição do novo tributo. 

Neste conteúdo, você vai entender os principais aspectos do PL 108, os desafios para empresas e entes federativos, e como se antecipar pode transformar eventuais impactos em uma vantagem competitiva. 

O que é o PL 108 e qual seu papel na Reforma Tributária? 

O PL 108/2024 é um projeto de lei complementar que regulamenta a substituição de tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS por dois novos tributos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido por estados e municípios. 

O texto estabelece a forma de apuração, a regra de não cumulatividade plena, as alíquotas, regimes especiais, e o período de transição — que começa em 2026 e se estende até 2032. 

Com a aprovação desse projeto, o Brasil entra numa nova era fiscal, com promessas de maior simplicidade, transparência e justiça tributária. 

Comitê Gestor do IBS: equilíbrio na arrecadação e desafios federativos 

Um dos pontos mais discutidos do PL 108 é a criação do Comitê Gestor do IBS. O órgão será responsável por coordenar a arrecadação do novo tributo estadual-municipal, além de garantir que os recursos sejam distribuídos de forma equitativa entre estados e municípios. 

A composição do comitê contará com representantes indicados por governadores e prefeitos, sendo os secretários da Fazenda os principais interlocutores estaduais. O objetivo é equilibrar os interesses regionais e garantir uma governança compartilhada e transparente. 

Contudo, sua implementação traz desafios: há receios quanto à autonomia dos entes federativos, à divisão dos recursos e à criação de um sistema de fiscalização eficiente. 

Como funciona a nova tributação proposta pelo PL 108? 

O modelo proposto é um IVA dual, semelhante ao adotado por diversos países desenvolvidos. Ele elimina a cumulatividade, permitindo que empresas se creditem integralmente dos tributos pagos na cadeia produtiva. 

Destaques do novo modelo: 
  • Crédito financeiro amplo: sem restrições de uso como hoje ocorre com insumos. 
  • Alíquota padrão com poucas exceções: fim da guerra fiscal entre estados e municípios. 
  • Nota fiscal digital e padronizada: simplificação de obrigações acessórias. 
  • Cashback para população de baixa renda: aumento da justiça social.

 

Impactos práticos para empresas e escritórios contábeis 

Com a chegada do novo modelo, as empresas precisarão reavaliar contratos, preços e margens, já que a forma de apuração de tributos mudará consideravelmente. A adaptação dos sistemas de ERP e dos controles internos será indispensável para lidar com a coexistência de dois regimes durante o período de transição. Esse cenário exigirá um planejamento tributário mais estratégico, voltado à redução de riscos e à identificação de oportunidades fiscais. Além disso, a padronização das regras tende a diminuir os litígios, reforçando a importância de um compliance robusto desde os primeiros passos da reforma. 

Regimes diferenciados: quem terá tratamento especial? 

O texto do PL 108 prevê exceções para atividades que não se encaixam bem no regime padrão de CBS e IBS. Entre os setores com tratamento diferenciado estão: 

  • Instituições financeiras 
  • Cooperativas 
  • Saúde e educação 
  • Transporte coletivo 
  • Atividades culturais 
  • Agroindústria 

As medidas vão desde alíquotas reduzidas até regimes próprios ou devolução parcial do imposto pago. 

Como se preparar para as mudanças? 

Apesar de o projeto ainda estar em discussão no Congresso, a transição começa em 2026. Empresas que esperarem pela obrigatoriedade estarão atrasadas. 
 
Algumas ações essenciais incluem mapear os produtos e serviços afetados, revisar os sistemas de ERP, reavaliar cláusulas contratuais, capacitar times internos e contar com o apoio de especialistas em tributação e compliance. 

Antecipação é a Chave para o Sucesso 

Diante das incertezas que ainda cercam a Reforma Tributária, uma coisa é certa: ela vai acontecer. Antecipar seus impactos é essencial para minimizar riscos e garantir vantagem competitiva. Empresas que começam agora a entender as mudanças, ajustar processos e repensar estratégias tributárias estarão à frente quando o novo sistema entrar em vigor. 

Ignorar essa transição pode gerar custos desnecessários e perda de oportunidades. Já quem adota uma postura proativa poderá não só evitar problemas legais, mas também reduzir a carga tributária e se destacar no mercado. 

Para isso, o módulo exclusivo da Reforma Tributária do Revizia é um grande aliado. Ele permite simular cenários, adaptar rotinas fiscais e identificar estratégias de otimização com base na nova legislação. Com tecnologia avançada e foco prático, o Revizia ajuda sua empresa a tomar decisões mais seguras e eficazes. 

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